segunda-feira, 11 de setembro de 2017

‘Fantástico’ faz alarde e nada acrescenta sobre Arena das Dunas


A montanha pariu um rato. Durante a semana passada, a Rede Globo de Televisão repetiu várias chamadas em sua programação, prometendo revelações bombásticas sobre o Arena das Dunas, assinalando que teria ocorrido desvio em sua construção, da ordem de R$ 100 milhões.

No ar, a reportagem de pouco mais de 9 minutos à noite passada, dentro do programa “Fantástico – o show da vida”, não passou de assunto “requentado”, repetindo de forma pueril o que parte da imprensa do estado – incluindo esse Blog – já veiculou em maior profundidade e minudências.

“Até agora, a suspeita de corrupção está dando de seis a zero na Copa do Mundo de 2014. A construção e a reforma de seis dos 12 estádios do Mundial estão sob investigação. A Arena das Dunas, em Natal, está sendo investigada pelo superfaturamento de R$ 100 milhões”, anunciou o âncora do programa, jornalista Tadeu Schmidt.

“Foram cinco gols em quatro jogos da Copa de 2014. A Arena custará no valor atualizado mais de R$ 2 bilhões ao governo do estado. Então dá para dizer que cada gol na Arena das Dunas saiu por R$ 400 milhões! É a hora de o Repórter Secreto do Fantástico entrar em campo na capital do Rio Grande do Norte para saber Cadê o Dinheiro que Tava Aqui?” – acrescentou o mesmo jornalista, abrindo a reportagem.



Envolvidos

Em resumo, o quadro “Repórter Secreto” falou de apuração feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que terminam implicando como supostos envolvidos o senador José Agripino (DEM), ex-deputados federais Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Alves (PMDB), além de Rosalba Ciarlini (PP) – governante à época de construção e inauguração do empreendimento.

A gestão Robinson Faria (PSD) também aparece na matéria, defendendo-se. Disse que enfrentou judicialmente a questão da exorbitância de valores, tendo redução no pagamento e restituição de R$ 38 milhões ao erário.

Governo estadual chegou a pagar R$ 11, 7 milhões/mês por esse compromisso que vai até 2031. Um dinheiro que faz falta à Saúde, à Educação, à Infraestrutura, à Segurança. Judicialmente, houve redução para cerca de R$ 9,5 milhões/mês.