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terça-feira, 16 de setembro de 2025

Ubaldo Fernandes quer ir para o MDB mas pondera sobre nominata

Após anúncio de volta ao MDB, deputado afirma que ainda aguarda retorno do presidente da sigla sobre nominata

Além de Ubaldo, projeto do MDB inclui atrair outros nomes e saltar de uma para sete cadeiras na Assembleia | Foto: Reprodução

Por Carol Ribeiro | Diário do RN

Mesmo com anúncio oficializado pelo MDB do RN nas redes sociais, com direito a foto do deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) ao lado do futuro governador Walter Alves (MDB), o parlamentar pondera que seu retorno à sigla depende de cumprimento de acordo de Walter sobre nominatas, tema tratado em conversa entre os dois para definição da migração partidária.

“Tudo é só a partir de abril, quando abre-se a janela partidária, mas a decisão vai depender tão somente do governador, porque os compromissos a serem assumidos, se forem cumpridos, com certeza eu estarei lá no MDB”, explicou Ubaldo ao Diário do RN.

Os compromissos, segundo o parlamentar estadual, é a formação de uma nominata que priorize não só os deputados de mandato, o chamado chapão, que vem sendo articulado pelo presidente da sigla, Walter Alves, mas a indicação de nomes novos que levem para a disputa os 25 nomes necessários para garantir a competitividade e viabilidade do maior número de vagas possível.

“Primordial para mim é fazer uma grande nominata com novas candidaturas, com nomes novos que não têm mandato para fortalecer a nominata, porque não adianta nós irmos para uma agremiação partidária só com quem tem mandato”, afirmou.

Ubaldo disse que outros nomes que negociam entrada no MDB também têm a mesma preocupação.

“Os outros nomes estão também nesse sentido, com esse compromisso de fazer uma grande nominata, porque o que vale agora é fazer números, calcular números. Essa legenda, no caso do MDB, vai eleger quantos? Para ser eleito, precisa de quantos votos?”, questionou.

Hoje, o MDB tem apenas um deputado estadual, mas o projeto político de Walter Alves e Ezequiel Ferreira, parceiro do vice-governador, mira um salto para até sete cadeiras, ultrapassando o PL, que atualmente lidera com seis parlamentares. A estratégia inclui atrair nomes de peso de outras siglas, como Dr. Bernardo (PSDB), Ubaldo Fernandes (PSDB), Kleber Rodrigues (PSDB), Galeno Torquato (PSDB), Hermano Morais (PV) e Eudiane Macedo (PV), muitos deles com base em regiões estratégicas do Estado.

Segundo o deputado, Walter Alves tem sinalizado que o partido trabalha para ampliar o quadro de filiados, mas reconhece que é um processo em andamento.

“Ele disse: olha, nós vamos fazer uma grande nominata, estamos trazendo alguns nomes. Mas isso não é de imediato, é um processo de construção. Formando essa nominata com os 25 nomes e se tiver um prognóstico de fazer um número bom de deputados, então estarei dentro. Para mim, seria prioridade o MDB, até porque eu já fui do MDB, tive dois mandatos enquanto vereador de Natal. Não teria nenhuma dificuldade. Agora, claro, tem que ter essa clareza, esse esclarecimento se a nominata está sendo bem construída”, disse, complementando, ainda, que não chegou a conversar com outros partidos.

Cenário de 2026

Ubaldo também comentou sobre a candidatura do ex-vice-governador Cadu Xavier (MDB) ao Governo do Estado. Para ele, o projeto depende de articulações que ainda não estão definidas.

Entretanto, a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá fazer a diferença.

“Precisamos sentir essa viabilidade política, porque ainda não está formado o palanque. Quem vai ser o vice-governador da chapa de Cadu? Qual vai ser o outro nome ao Senado? Ainda não está formado, mas acredito que seja bem competitivo. Lula, estando bem, vai ser a grande diferença no projeto da candidatura de oposição”, avaliou.

Ele acrescentou que o MDB pode reivindicar a indicação de vice caso seja formado um arco de alianças mais amplo. No entanto, sobre a possibilidade de Walter Alves recuar e tentar disputar a reeleição ao Governo do Estado, Ubaldo descartou.

“Eu não acredito. Nas conversas que tenho tido com ele, ele não coloca como prioridade. Quando entramos nesse assunto, ele declina de falar. Não é possível candidatura ao governo. Ele quer priorizar, nas conversas que tem com a gente, a chapa proporcional, tanto a nível estadual como a nível federal, para fortalecer um novo grupo político no Rio Grande do Norte, no caso o MDB”, concluiu.

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