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terça-feira, 29 de abril de 2025

Terceira via deve ter Allyson para o Governo e Carlos Eduardo como vice

Formação de chapa alternativa à polarização inclui também Zenaide Maia e Jean-Paul Prates em possível chapa ao Senado

Allyson Bezerra pode procurar outro partido se não garantir apoio do União Brasil / Nome do ex-prefeito surge, pela primeira vez, no tabuleiro das eleições de 2026 | Foto: Reprodução

Por Carol Ribeiro | Diário do RN

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), vem trabalhando ativamente nos bastidores para viabilizar sua candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte, mas longe do radicalismo da direita e da esquerda.

O prefeito quer formar uma chapa à terceira via e, em parceria com a senadora Zenaide Maia (PSD), repetir o que conseguiu na eleição municipal de 2024 na segunda cidade do Estado: passar incólume da polarização política.

De acordo com informações de bastidores obtidas pelo Diário do RN, as chapas majoritárias conversadas neste projeto já têm nomes previstos. Ao Governo, Allyson Bezerra e Carlos Eduardo Alves (PSD). Ao Senado, Zenaide Maia vai pleitear a vaga principal. Jean-Paul Prates (PT) pode compor ao lado dela na disputa pela 2ª vaga.

Pessoas próximas a um destes nomes informam que, nos diálogos, se considerou a união de forças dos dois nomes representativos nos maiores colégios eleitorais do Estado. Enquanto Allyson tem Mossoró e região, Carlos Eduardo Alves garante a força na Grande Natal. O ex-prefeito da capital é indicação do PSD de Zenaide Maia.

Ao senado, Jean-Paul é cogitado e vem sendo chamado para conversar por preencher requisitos considerados necessários para o grupo. Além de dialogar com segmentos econômicos e empresariais, tem um bom histórico em sua trajetória enquanto senador e ex-presidente da Petrobras.

O ex-senador já declarou ao Diário do RN, em entrevista divulgada na última sexta-feira (25), que vem se sentindo excluído das articulações do PT, e considera outras siglas partidárias para seguir a partir de julho, para “se for o caso de trabalhar um projeto eleitoral”.

A possibilidade de fechar a chapa independente no RN surgiu de restrições comuns a Allyson e a Zenaide quanto a compor com o grupo da oposição, liderado por Rogério Marinho (PL). A senadora já comunicou a Allyson que não vai para o grupo de Marinho e Styvenson Valentim (PSDB). Ela, que é vice-líder do Governo Lula, se tornaria liderada de Rogério, líder da oposição na Casa Legislativa. Allyson, que também não é simpático à ideia de ser liderado do senador, e nem de ser representante do bolsonarismo, acatou a condição de Zenaide.

A parceria do prefeito com a senadora do PSD foi firmada em 2022. Em 2024 continuou. O PSD, inclusive, indicou o vice de Allyson em Mossoró. O acordo entre os dois segue firme para 2026.

A definição à terceira via acontece apesar de Zenaide ter interesse na aproximação com Fátima Bezerra. Entretanto, nesse ponto, Allyson Bezerra é quem prefere buscar uma maneira alternativa de se apresentar ao cargo majoritário estadual. Há cerca de duas semanas, concedeu entrevista conjunta ao Diário do RN e à 98 FM e deixou clara a falta de interesse de subir ao palanque da governadora, afirmando que “não tem condições de fazer a defesa do Governo do Estado”.

União Brasil

Nessas articulações, os bastidores informam que, por enquanto, Allyson permanece no União Brasil. No entanto, o prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), do mesmo partido de Allyson, deve manter acordo de seguir com Rogério Marinho. Os dois deputados da sigla, Benes Leocádio e Carla Dickson, devem seguir o prefeito da capital e o líder do bolsonarismo no RN. José Agripino, presidente do União Brasil no Estado, nesse caso, mesmo que defenda Allyson, pode não ter força de dar a legenda ao prefeito de Mossoró. Aí, para garantir o projeto, Allyson pode pensar em trocar de legenda.

Se a viabilização da terceira chapa se tornar concreta, unindo nomes de centro-direita e centro-esquerda, a direita segue o projeto bolsonarista, com Marinho, Styvenson e Álvaro. Por outro lado, na esquerda, o projeto tende a ficar prejudicado, pela falta de nomes com viabilidade eleitoral.

Caberá à Fátima pensar na possibilidade de compor com Zenaide ao Senado – o que é de interesse do petismo. Contudo, para isso, o PT teria que abrir mão da chapa ao Governo e ceder em nome do projeto de garantir a eleição de Fátima ao Senado, prioridade do partido.

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