sábado, 1 de dezembro de 2018

Quem diria, Kerinho

(Foto: arquivo)
Quem diria que depois de uma campanha que lhe rendeu apenas 8.990 votos, o candidato a deputado federal saído de São José de Mipibu  e até então anônimo para quase todo o eleitorado de Mossoró se tornaria um dos nomes mais citados na cidade e no Estado?

Enquanto Beto Rosado (PP) atua com força-tarefa para reverter situação na Justiça, Mineiro (PT) se mune de argumentos para manter a vaga e a imprensa do estado se digladia sobre o assunto, Keriklis Alves Ribeiro, ou Kerinho (PDT), o titular dos votos, é nesse momento o menos preocupado com o resultado à Câmara Federal.
Com 51 anos, nascido em São José do Seridó, o servidor público municipal de São José do Mipibu, Kerinho, já foi vereador do município onde mora, mas tenta, sem sucesso, se eleger a um cargo eletivo pela terceira vez seguida.

Em 2018, sua chance mais uma vez se foi. O eleito da coligação 100% RN, onde estava inserido, que obteve menos votos (Walter Alves) alcançou 79.333, 70 mil a mais que Kerinho.

Apesar de em 2008 ter sido o vereador mais votado, em 2012, pelo PSD, ele alcançou 9.767 votos e não foi eleito prefeito de São José de Mipibu. Já em 2016, pelo PDT, alcançou 9.107 votos a deputado estadual e, portanto, não eleito. Em 2018 obteve menos votos ainda.

Os 8.990 votos não contabilizados pelo TRE tiraram Kerinho da disputa, mas o "embolo" causado pode ser generoso com a projeção de seu nome e até ajudar a elegê-lo nas próximas eleições.  

Leia mais:

Caso Kerinho: entenda os passos do processo que pode tirar o mandato de Mineiro

Caso Kerinho: documento do TSE confirma ausência de certidão de quitação eleitoral. Ainda não há decisão tomada nem motivo para Beto comemorar