segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

I Campeonato de DJs de Mossoró revela arte e técnica de novo talento local

DJ Vilmont se consagrou vencedor do I Campeonato de DJs de Mossoró, realizado no último dia 17, no auditório da Estação das Artes.

DJ Vilmont, vencedor do campeonato (Foto: Caboclo)

 
“Foram três modalidades, mas a última foi a de maior destaque porque era onde o DJ tinha que mostrar, em 10 minutos, pelo menos três vertentes, pelo menos 5 músicas.  E foi aí onde nosso vencedor teve um grande destaque, que foi o Vilmont. A meu ver, como professora do curso de DJ, como DJ há 22 anos, acredito que ele venceu pela diversidade que ele colocou no Set dele e, principalmente, por ter trazido a música brasileira para a construção do seu Set. Isso levou o público à loucura e foi inesquecível para todos”, avalia DJ Hunter, curadora do evento.

Na sequência, DJ Ed Oliver e DJ Mback ficaram com o segundo e terceiro lugar, respectivamente. Houve premiação para os três vencedores, inclusive premiação surpresa. 

Vilmont soube na hora que seu prêmio extra seria indicar uma mulher presente no público para um curso gratuito com DJ Hunter, como forma de incentivar as mulheres a crescerem na cena.

Lei Aldir Blanc

Além do campeonato, o projeto já havia contemplado a cidade com dois Workshops no começo do mês.

Erguer a cena eletrônica da cidade nesse padrão de exibição só foi possível pela lei Aldir Blanc que tem os recursos, em âmbito municipal, geridos pela Prefeitura de Mossoró.

Para além do incentivo para que os DJs profissionais sejam reconhecidos como tal, o projeto trouxe à cidade a oportunidade de desmistificar uma série de preconceitos em relação aos profissionais da área. Primeiro, de que música eletrônica não é arte, não tem alma e até de que não é música de verdade.

Arte e alma

Para usar palavras mais simples, um DJ profissional que respeite a categoria está, durante sua apresentação, mixando, ou seja, construindo um diálogo entre sua criatividade e uma base musical pré-escolhida. 

Além de “criar” uma música nesse aspecto da mixagem síncrona, “ao vivo”, o DJ se revela um produtor musical com capacidade e habilidade tanto para transformar o que já está construído quanto para criar do zero em seu estúdio, se assim ele quiser.

O evento nos apresenta que, sim, DJs sérios são artistas e não tocadores de Playlist, como estamos acostumados a ver nos bailes da cidade.

DJ Hunter (Foto: cedida)

Campeonato

Para essa demonstração, o campeonato foi composto por três desafios.

No desafio "ritmo", o DJ teve cinco minutos para executar duas mixagens, em outras palavras, colar as batidas. A técnica tinha que ser executada somente com régua de pitch e com display do CDJ vedado. Isso quer dizer que o DJ não tinha como ver o ritmo da música, era preciso descobri-lo na hora, durante sua audição.

No desafio "B2B e effect", a proposta foi a criação de uma leitura dinâmica entre duas músicas iguais e fazer uso de efeitos para diferenciá-las.

E no último desafio, o "pocket set mix", o DJ tinha que apresentar um Set Mix de 10 minutos de duração, misturando três vertentes distintas, inserindo no mínimo cinco músicas durante a apresentação.

Em breve, as apresentações completas estarão disponíveis no Canal do Youtube de DJ Hunter.

*Com informações do Blog Will Vicente.

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