sexta-feira, 23 de julho de 2021

"Histórias de marionetes": economista mossoroense fala sobre o presidente da República e o preço dos combustíveis

Segundo Elviro Rebouças, há previsão de piora nos preços dos combustíveis e nula possibilidade de mudança da situação 

(Imagem: reprodução TCM)

Depois de dois aumentos em menos de 20 dias, a previsão é que em agosto devamos ver nova alta no valor dos combustíveis. O economista Elviro Rebouças, em entrevista no Cenário Político (TCM Telecom), desta quarta-feira (21), esclareceu que, como o preço é baseado no dólar, se a moeda sobe, o petróleo tende a subir em todo o mundo, "a não ser que o governo subsidie".

Mas, segundo ele, governo nenhum tem condição de bancar o petróleo para ser consumido. "Apesar do pré-sal, o Brasil produz menos que consome, então tem que recorrer ao mercado internacional, baseado no dólar americano".

Reforma tributária e Bolsonaro

Sobre o presidente Jair Bolsonaro e a política de preços do petróleo no país, cuja alteração foi promessa de campanha, Elviro observa: "o que ele disse na campanha não se pode considerar porque ele esta fazendo muita coisa que antes dizia que não era para fazer. Ele tem cometido deslizes os quais ele combatia. Não se pode acreditar em tudo que é dito em campanha politica e o eleitor tem que se precaver no sentido de não ser enganado com essas histórias que muitas vezes são histórias de marionetes".  

Para ele, é necessário fazer reformas estruturais. "O Congresso tem agora a chance de implantar um novo modelo tributário no Brasil, mais simples e mais progressivo, como instrumento de ataque à desigualdade. Quem ganha dois salários mínimos não tem condições de gastar mais de 6 reais de gasolina". 

Ele lembra ainda os vários impostos e penduricalhos que fazem com que o preço do combustível suba substancialmente. 

O especialista defende que está acontecendo uma recuperação na economia, "lenta e gradual", que não é da maneira como muitos esperavam, mas que está acontecendo. De acordo com ele, as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) são de crescimento da economia brasileira em torno de 5,3% em 2021.

Para assistir à entrevista na íntegra clique: bloco 1; bloco 2; bloco 3.

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