quarta-feira, 15 de junho de 2022

Contestação de Styvenson Valentim sobre prazo para pré-candidatura expõe desacordo no partido

Felipe Madruga questiona: "Será tomada no dia da convenção? Não é cabível isso. Isso se chama democracia".

(Foto: Geraldo Magela / Senado)

Como já era de se esperar, o Senador Styvenson Valentim (Podemos), que não gosta de receber ordens, contestou prazo dado pelo partido para definição de pré-candidatura ao Governo.  

Em entrevista à 98fm de Natal, ele disse que não precisa "dessa agonia", e que toma a decisão no dia que ele achar seguro tomar. "Dia 19 eu não vou tomar decisão nenhuma, só porque eu não quero agora", ironizou o senador. 

Para Styvenson, é melhor ter paciência e que, pela posição que ocupa, era para estar com as rédeas sobre essa definição. "Não devo nada a ninguém, não devo nada a partido nenhum", disse.

Já Felipe Madruga, o presidente do Podemos, deu entrevista nesta terça-feira (15) à TCM 95FM e mandou o recado.

Segundo Madruga, mais do que um salvador da pátria, o RN precisa de um projeto. Por isso, o partido tem que estar preparado e fez o convite ao senador Styvenson para chegar a um consenso para esse anúncio. 

O presidente da legenda defende que o senador "está no meio do mandato, tem quase 4 anos de atuação, tem acesso a dados do RN, estrutura de trabalho pelo RN, acredito que tem condições politicas pra isso e precisa ampliar diálogo com o partido e população do RN".

Para ele, o partido não está emparedando Styvenson. "Estamos em pré-campanha, a um mês das convenções, temos pré-candidatos, é responsabilidade com o processo. (A decisão) Será tomada no dia da convenção? Não é cabível isso. Isso se chama democracia. Se não for assim, se trata de caciques. Isso, acredito que o senador seja contra".

Ouça na íntegra aqui.

Nota do Blog - Recados dados de um lado e de outro. E o que a gente vê é a dificuldade de sintonia do senador com qualquer que seja o nome que tente propor algo que não seja exatamente o que ele quer. Dificuldade de consenso e diálogo. E para uma caminhada eleitoral isto é prejudicial, e poderá ser, ou para o pré-candidato, ou para o partido, ou mais provável, para o povo.

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