quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Plano de Cargos dos servidores gerais é nova disputa entre prefeito e sindicato

A estratégia política do gestor é se sobrepor a manifestações contra o Plano, e mostrar força à sociedade 

Na internet, o Sindicato protesta contra estratégia do prefeito sobre o PCCS dos servidores gerais (Foto: Sindiserpum)

Antes mesmo do Sindicato planejar uma manifestação pelas ruas de Mossoró contra o Plano de Cargos, Carreira e Salários dos servidores gerais, o próprio chefe do Executivo de Mossoró tratou de levar, nesta quarta-feira (27), às ruas do Centro da cidade, uma movimentação a favor do projeto.

Trabalhando com uma comissão de servidores desvinculada do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) para a elaboração do Plano, o prefeito levou o projeto em mãos até a Câmara Municipal de Mossoró, onde deve tramitar e ser votado até a próxima semana. O espalhafato teve direito a discurso na porta da casa legislativa.

A estratégia política do gestor é se sobrepor a manifestações contra o Plano, e mostrar força à sociedade, com a ajuda dos servidores aliados. Segundo os membros do Palácio, o Sindiserpum atua politicamente contra a gestão.

Na segunda-feira (25), a entidade realizou assembleia e apresentou aos servidores pontos questionáveis do Plano, há anos requerido pela categoria.

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Após o episódio - político - do prefeito, nesta quarta, o sindicato publicou em suas redes sociais que a "hipocrisia e má-fé para com os servidores públicos não tem qualquer limite". Além de afirmar que o Projeto de Lei está repleto de "jabutis".

Na comunicação institucional da Prefeitura, a informação é de que entre os destaques do projeto de lei está a garantia de até 70% de reajuste para os servidores gerais.

Para a votação do PL, vereadores da oposição ouviram os servidores que apoiam a matéria, mas afirmaram que é necessária a leitura, análise e escuta de demais trabalhadores sobre os pontos propostos. O líder da oposição Tony Fernandes (SDD) chegou a cogitar, em entrevista à TCM, a convocação de uma audiência pública sobre o assunto, embora seja improvável que a maioria governista conceda tempo, já que há possibilidade de votação do texto em oito dias. 

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