O que quer a oposição em Mossoró?

'Sair vitoriosa' poderia ser a resposta mais óbvia, mas no caso de Mossoró, não necessariamente deverá ser assim.

(Fotomontagem: BCR)

Nos grupos de redes sociais e nas esquinas todo mundo sabe que, apesar de certo desgaste, principalmente com categorias de servidores, o prefeito Allyson Bezerra (União) é favorito disparado para as eleições do próximo ano. Não é impossível a chance desse quadro mudar, mas é pouco provável.

Isso porque os nomes que se apresentam à disputa pelo outro lado sabem, eles mesmos, que não têm força política para fazer frente ao gestor numa disputa majoritária. 

A participação na eleição poderá ser um caminho para marcar território.

É o caso do vereador Tony Fernandes (ainda SDD), que pode ser candidato, com o apoio do Avante de Jorge do Rosário. Policial Militar, sindicalista, Tony está em seu primeiro mandato eletivo. Uma candidatura à majoritária tende a ser um meio de se apresentar a outros nichos eleitorais visando projetos políticos posteriores.

Seu nome vem sendo apontado ainda como opção do rosalbismo (leia aqui), diante de uma pequena chance de sucesso de candidatura de Rosalba Ciarlini, que vem mergulhada desde 2020 e pouco, ou nada, manifestou sobre disputa de 2024. Mas o fato é negado por Tony.

Já em outro lado da oposição está o esquerdismo do PT, da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB). O Partido dos Trabalhadores realiza plenária neste sábado (28). A expectativa é saber se a deputada Isolda Dantas vai deixar de "focar somente no mandato legislativo" e finalmente se colocar como pré-candidata.

Há quem duvide. 

O PT da governadora e a própria deputada sabem que a disputa à Prefeitura de Mossoró é muito diferente da campanha proporcional e, mesmo assim, não estruturaram caminhos para se viabilizarem à disputa. Se lançarem seu nome a partir de agora, ou mesmo posteriormente, correm o risco de cometerem o mesmo erro de anos anteriores, e com o mesmo resultado (relembre aqui).   

Sem contar o fato de que é quase nula a chance destes nomes se unirem em torno do projeto de derrotar a máquina pública municipal de Allyson Bezerra.

Pode mudar? Pode. Falta pouco mais de onze meses para a eleição, mas hoje o quadro é de improbabilidades.

E o prefeito pode estar se preparando para fazer um passeio.