Presidente do PP afirma que momento ainda é de diálogo e defende entendimento em torno do nome do prefeito de Mossoró
"É muito difícil você abrir mão de uma candidatura que lidera com 40% e tem uma rejeição do tamanho de nada" | Foto: Reprodução |
Por Carol Ribeiro | Diário do RN
Após a segunda reunião da Federação União Progressista — formada por União Brasil e Progressistas — o deputado federal João Maia, presidente do PP no Rio Grande do Norte, defendeu ao Diário do RN que a sigla caminha para um entendimento em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) como principal aposta do grupo para a disputa pelo Governo do Estado em 2026.
Ele ressaltou a sintonia com o presidente do União Brasil, José Agripino, e defendeu a construção de alianças capazes de unir lideranças da direita, inclusive o senador Styvenson Valentim (PSDB), com quem o prefeito de Mossoró não mantém uma boa relação.
“Quem tem se colocado em pesquisa é o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. Então, eu não vejo dentro da União Progressista, até agora, ninguém que tenha se comportado, mesmo que não tenha assumido publicamente, como pré-candidato. E, aliás, quem lidera todas as pesquisas é Allyson”, afirmou João Maia.
Apesar de reconhecer que Rogério Marinho já deixou clara a resistência à construção de um palanque comum com Allyson e Zenaide – parceiros políticos, João Maia reforça que o momento ainda é de diálogo, já que o foco da articulação nacional é o Senado.
“Nacionalmente, por expressão dos seus líderes, Lula e Bolsonaro, a prioridade deles é o Senado. Então não é difícil uma composição, porque a maioria do eleitor do RN tá no centro, nas cidades, nos prefeitos das cidades”, afirmou.
Dentro desse contexto, João Maia defende a formação de um bloco de direita em torno do prefeito mossoroense, e avalia que a resistência de Styvenson pode ser superada com o tempo.
“Existe todo um processo, uma composição com Styvenson, tem muita água para rolar debaixo dessa ponte. É mais fácil essa alternativa, indo na direção de Allyson, porque Allyson tem uma vantagem em qualquer pesquisa, que é um absurdo. É muito difícil você abrir mão de uma candidatura que lidera com 40% e tem uma rejeição do tamanho de nada. Allyson tem essa vantagem”, analisa.
Questionado sobre as chances de Allyson e Zenaide caminharem ao lado da governadora Fátima Bezerra, João Maia foi direto: “Não, eu acho que essa possibilidade é zero. Quer dizer, eu acho”, ressaltou
Federação, Robinson e Carla Dickson
Ao lado de José Agripino, João Maia conduziu a segunda rodada de discussões com foco na formação de chapas e alianças estaduais da Federação União Progressista. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (12).
“Nos reunimos eu e Agripino, porque são dois presidentes, e já com Paulinho. Porque o União Brasil, a gente junto aqui é muito forte em nome de prefeito, de vice e de vereador. E o União Brasil tem os prefeitos das principais cidades, Natal e Mossoró”, lembra.
Entre as definições mais concretas, João Maia confirmou que o ex-governador Robinson Faria pretende se filiar ao PP e que sua entrada na federação é certa.
“Robinson me disse que tem a intenção de se filiar ao PP. Ele tem mais afinidade com a gente, e na verdade Fábio [Faria] com Ciro Nogueira [presidente nacional do PP]”, disse.
Sobre a deputada federal Carla Dickson e rumores de sua migração do União Brasil para o PL, João Maia ainda não tem confirmação da permanência dela no grupo, mas acredita que ela enxerga vantagens em seguir na federação.
“Robinson vai entrar. Carla acha que a nominata fica forte. Para mim, ela não disse que vai sair, mas a gente escuta por aí o posicionamento dela. Eu acho é que essa federação, pelo tempo de TV que tem, pelo fundo eleitoral, ela tem todas as condições de fazer metade da bancada. Carla tem condições [de ser reeleita]. A federação é o melhor lugar para ela”, opina Maia.
O deputado também citou o nome de Shirley Targino, sua esposa, como liderança relevante, mas indica que sua candidatura ao Senado ainda depende de muitos fatores a serem definidos por diálogo.
“Shirley tem alma própria, vida própria, circula bem, também não tem rejeição, mas nós temos um longo processo de construção de nominata de chapa majoritária, que tem que ir incorporando cada vez mais gente, conversando, que só termina em março do próximo ano, quando fecham as janelas”, finalizou.
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