domingo, 19 de julho de 2020

Quarta de futebol e política que muito se misturam

Por Larissa Maciel*

Certa vez um jornalista da Globo afirmou que não se deve misturar política e futebol. O caso mais recente foi de Caio Ribeiro, incomodado com os comentários embasados politicamente. O próprio posicionamento dele é um ato político.

O que se viu no retorno do carioca foi o melhor exemplo para deixar claro que futebol e política sempre andam e andarão atrelados. Afinal, Federações estaduais são políticas. Há políticas em campo. Há política em comemorações. Em tudo que fizermos.

Crivella libera campeonato, governo estadual não. Crivella volta atrás e recebe pressão de clubes como Flu e Botafogo, que não aceitam o retorno. Faixas, protestos, representações judiciais: política.

Fla amplia vantagem de títulos cariocas sob rivais (Foto: reprodução)

A atuação do Flamengo então foi ainda mais cristalina. Buscou aproximação com o presidente, assim como o Vasco, conseguiu um feedback mais que positivo numa nova medida provisória que permitiu novas investidas na guerra contra a Globo. Ontem, guerra fria alimentada pela audiência das TVS: Globo x SBT. Fla x FLU. Política na comunicação. Política no futebol.

De quebra, uma foto do próprio presidente “festejando” sua cartada através do futebol contra a emissora que destaca todos os dias novas matérias contra a sua gestão.

Essa conversa mole de que política não se mistura com futebol não engana ninguém. Ah, esse ano tem eleição, viu? Você vai ver se misturar pertinho da sua casa.

*Larissa Maciel é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), é mossoroense, repórter e apresentadora da TCM Telecom e 95 FM, crescida entre fãs de esporte, jornalista por vocação e analista de esporte por amor à esta área da profissão em específico.


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