segunda-feira, 23 de maio de 2022

Apesar de divergências com o PT, PSOL do RN admite voto em Fátima para evitar avanço da direita no Estado

Freitas Junior admite que no segundo turno só tem um único cenário em que não votaria em Fátima

(Foto: web)

O pré-canditado ao Senado pelo PSOL RN, Freitas Junior, defende a aliança firmada pelo partido com o PT em âmbito nacional já para o primeiro turno.

Em entrevista ao Meio-Dia Mossoró (ouça aqui), da TCM 95FM de Mossoró, Freitas diz ter consciência que a "mera disputa institucional não vai garantir mais direitos para os trabalhadores", mas que o país tem uma realidade imposta com este atual governo "com ânsia golpista, que desrespeita a Constituição, que está minando o estado de direito". Portanto, para ele, a primeira medida é derrotar não somente Bolsonaro, mas a agenda do bolsonarismo.

Com ressalvas em relação ao PT, no Estado, o partido preferiu lançar projeto próprio para o primeiro turno: tem pré-candidato ao Governo, o presidente do partido no Rio Grande do Norte, Daniel Morais.

No entanto, Freitas Junior admite que no segundo turno só tem um único cenário em que não votaria em Fátima: em que Daniel Morais estiver contra a governadora.  

Caso contrário, o voto deverá ser do PT. "Não vamos votar em Fábio Dantas, Styvenson, ou qualquer candidato que tenha projeto atrasado para o estado e que foi derrotado em 2022".

Candidato ao Governo pela sigla em 2018, Freitas Junior foi escolhido pelo PSOL entre quatro nomes que se colocaram como pré-candidatos ao Senado no partido.

Para ele, é preciso defender a classe trabalhadora, o ecosocialismo e questões ambientais que nao podem ficar de fora, diante da agenda ambiental brasileira.

O Partido Socialismo e Liberdade surgiu em 2004 formado por dissidentes que não concordavam com políticas do PT. É um partido pequeno, mas que alcançou uma importância em 2020 quando chegou ao segundo turno em São Paulo, com a campanha de Guilherme Boulos. A agenda do PSOL inclui duras críticas à posturas eleitoralistas do Partido dos Trabalhadores, incluindo as coligações com legendas de projetos opostos ao seu discurso. Ainda assim, o PSOL demonstra, em diversas ocasiões, o entendimento que agir em conjunto com o PT é necessário para unir forças do mesmo campo da esquerda contra projetos do extremo oposto, como o bolsonarismo.  

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